<font color=0094E0>Vamos passar ao futuro!</font>
Respondendo ao apelo da CDU, 85 mil pessoas participaram, sábado, em Lisboa, na grande Marcha «Protesto, Confiança e Luta – Nova Política para uma Vida Melhor». Como afirmou Jerónimo de Sousa, no comício do Marquês de Pombal, ali estiveram os que «não se conformam, não se resignam, não desistem, que sempre que foi preciso lutaram, que sempre que for necessário lutarão».
A Marcha foi da CDU é só poderia ter sido da CDU
A Marcha foi a maior manifestação política alguma vez realizada em Portugal – foi a CDU que a fez e só ela a poderia ter feito! Pela sua dimensão, pelo nível de participação e pela mensagem que transmitiu – a rejeição do conformismo e da resignação e a determinação dos presentes em tomar nas suas mãos a construção do seu futuro – tem já um lugar reservado na história das grandes acções de massas do nosso País.
Ainda não eram três da tarde e já muitos milhares de pessoas se espalhavam ao longo da Avenida da República, entre o Saldanha e o Campo Pequeno, preparando os panos, distribuindo as bandeiras (vermelhas, brancas, verdes, azuis e amarelas) e os cartazes, ensaiando bombos, acordeões e cornetas. Ao mesmo tempo, nas ruas laterais, outros tantos esperavam a sua vez para entrar.
Na cabeça da manifestação, atrás de um pano com a inscrição «Nova política – uma vida melhor», estavam Jerónimo de Sousa, Ilda Figueiredo e vários dirigentes e candidatos do PCP, do PEV e da ID. Logo a seguir, milhares de jovens acrescentavam alegria, confiança e futuro à iniciativa. Quando todos estes entraram no Marquês de Pombal os últimos participantes não tinham sequer iniciado a sua caminhada.
Com diferentes ritmos e sotaques, mostrando milhares de cartões vermelhos, os manifestantes diziam de sua justiça: exigiam melhores salários e reformas dignas, saúde e educação públicas e gratuitas, o respeito pelos direitos e garantias. De muitas empresas e sectores, vinha a denúncia de encerramentos, abusos e ilegalidades e a reclamação da intervenção do Governo para os travar.
No fundo, todos eles clamavam por uma nova política, que traga, como afirmavam a uma só voz, «Abril de novo, com a força do povo». A sua própria força... Lembra o poema de Ary dos Santos: «Passaremos adiante/ com passo firme e seguro./ O passado é já bastante/ vamos passar ao futuro.»
Uma força imensa
Enquanto o fim da manifestação ainda estava algures na Avenida da República, no Marquês de Pombal, onde já estavam muitos milhares de pessoas, actuavam Samuel e Luísa Basto. E quando Ilda Figueiredo iniciou o seu discurso (que transcrevemos na íntegra a seguir), muitos manifestantes continuavam, a plenos pulmões, a reafirmar as suas exigências e reivindicações – confirmando em actos as palavras, que os seus ouvidos ainda não alcançavam, proferidas pela candidata da CDU: «está nas nossas mãos, nas vossas mãos, dar a volta a isto».
À medida que os últimos participantes na Marcha se começavam a aproximar do Marquês de Pombal (porque muitos nunca chegaram, efectivamente, a entrar naquela praça), os que já lá estavam há mais tempo iam-se acomodando como podiam, no centro da praça, mais apertados, ou no relvado mais próximo, voltado para o palco. Só neste momento é que se teve uma (ainda assim ténue) noção da enchente que ali estava: aquelas mais de 85 mil pessoas deixaram, então, de ser um número, transformando-se numa interminável mancha de cor, combatividade e determinação, cujo final a vista não alcançava.
Foi já perante magnífica visão que Jerónimo de Sousa tomou da palavra (reproduzida na íntegra nas páginas seguintes), depois de o terem feito João Corregedor da Fonseca, da ID, e Heloísa Apolónia, dos Verdes. E valorizou o facto de «hoje, aqui, perante esta Marcha inesquecível, a maior acção realizada por uma força política em Portugal, o sentimento que temos é de esperança e confiança». Esperança e confiança que «não ficam à espera porque na força imensa que somos todos juntos, pulsa o coração e o querer para lutar e transformar».
Terminada a Marcha, aqueles milhares de pessoas regressaram às suas cidades, vilas e aldeias, com os rostos a transparecer alegria, fazendo jus à ideia de que é feliz aquele que luta. E, sobretudo, com ainda mais determinação para prosseguir a luta, que continua.
Ainda não eram três da tarde e já muitos milhares de pessoas se espalhavam ao longo da Avenida da República, entre o Saldanha e o Campo Pequeno, preparando os panos, distribuindo as bandeiras (vermelhas, brancas, verdes, azuis e amarelas) e os cartazes, ensaiando bombos, acordeões e cornetas. Ao mesmo tempo, nas ruas laterais, outros tantos esperavam a sua vez para entrar.
Na cabeça da manifestação, atrás de um pano com a inscrição «Nova política – uma vida melhor», estavam Jerónimo de Sousa, Ilda Figueiredo e vários dirigentes e candidatos do PCP, do PEV e da ID. Logo a seguir, milhares de jovens acrescentavam alegria, confiança e futuro à iniciativa. Quando todos estes entraram no Marquês de Pombal os últimos participantes não tinham sequer iniciado a sua caminhada.
Com diferentes ritmos e sotaques, mostrando milhares de cartões vermelhos, os manifestantes diziam de sua justiça: exigiam melhores salários e reformas dignas, saúde e educação públicas e gratuitas, o respeito pelos direitos e garantias. De muitas empresas e sectores, vinha a denúncia de encerramentos, abusos e ilegalidades e a reclamação da intervenção do Governo para os travar.
No fundo, todos eles clamavam por uma nova política, que traga, como afirmavam a uma só voz, «Abril de novo, com a força do povo». A sua própria força... Lembra o poema de Ary dos Santos: «Passaremos adiante/ com passo firme e seguro./ O passado é já bastante/ vamos passar ao futuro.»
Uma força imensa
Enquanto o fim da manifestação ainda estava algures na Avenida da República, no Marquês de Pombal, onde já estavam muitos milhares de pessoas, actuavam Samuel e Luísa Basto. E quando Ilda Figueiredo iniciou o seu discurso (que transcrevemos na íntegra a seguir), muitos manifestantes continuavam, a plenos pulmões, a reafirmar as suas exigências e reivindicações – confirmando em actos as palavras, que os seus ouvidos ainda não alcançavam, proferidas pela candidata da CDU: «está nas nossas mãos, nas vossas mãos, dar a volta a isto».
À medida que os últimos participantes na Marcha se começavam a aproximar do Marquês de Pombal (porque muitos nunca chegaram, efectivamente, a entrar naquela praça), os que já lá estavam há mais tempo iam-se acomodando como podiam, no centro da praça, mais apertados, ou no relvado mais próximo, voltado para o palco. Só neste momento é que se teve uma (ainda assim ténue) noção da enchente que ali estava: aquelas mais de 85 mil pessoas deixaram, então, de ser um número, transformando-se numa interminável mancha de cor, combatividade e determinação, cujo final a vista não alcançava.
Foi já perante magnífica visão que Jerónimo de Sousa tomou da palavra (reproduzida na íntegra nas páginas seguintes), depois de o terem feito João Corregedor da Fonseca, da ID, e Heloísa Apolónia, dos Verdes. E valorizou o facto de «hoje, aqui, perante esta Marcha inesquecível, a maior acção realizada por uma força política em Portugal, o sentimento que temos é de esperança e confiança». Esperança e confiança que «não ficam à espera porque na força imensa que somos todos juntos, pulsa o coração e o querer para lutar e transformar».
Terminada a Marcha, aqueles milhares de pessoas regressaram às suas cidades, vilas e aldeias, com os rostos a transparecer alegria, fazendo jus à ideia de que é feliz aquele que luta. E, sobretudo, com ainda mais determinação para prosseguir a luta, que continua.